sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Redenção


Xingue, grite, esbofeteie,
Mas não injete em minhas veias
Esse silêncio seco, áspero,
Irritante, pernicioso, torturante.
Vomite o que pensa
Mesmo que me banhe de seu líquido fétido
E ainda que meus ouvidos rejeitem a verdade das palavras
Ao menos saberei respeitá-las.
Esqueça o que tem a perder
Que, no fundo, já está perdido,
(E você sabe disso)
Queiramos ou não.
Grite! Grite! Desabafe!
Enxote os urubus do medo
Alivie-se desta carga,
Seja franco consigo.
Não se preocupe em ser justo,
Um homem ferido tem esse direito
E tenho a consciência das minhas escolhas
- Desculpe, mas sempre a tive.
Grite, agrida, mate,
Mas, por favor,
Livre-me da agonia
Dessa falta de palavras,
Das acusações silenciosas,
Do teu olhar magoado,
Da tua falta de ódio,
Dessa minha sensação de culpa.
Imploro por tua piedade,
Xingue ou vá embora,
Desapareça para sempre de minha vida,
Você e seu maldito silêncio.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

E se fosse um avião?


Acredita que, de uma hora para outra, eu desaprendi a mexer com o carro? Pois é, de repente o jipão me pareceu assim, uma coisa indecifrável, incompreensível, e juro que pensei que tinham surgido botões e alavancas novas no painel somente para confundir minha cabeça.
Quanta barbeiragem cometi ontem! Para começar, tentei abrir o capô para botar água. O capô não quis abrir de jeito nenhum. Parei num posto de gasolina e uma anta igual a mim também não conseguiu abrir o capô, e disse com toda convicção que o cabo tinha se rompido. Hoje pela manhã eu tentei novamente e, quando olhei para a alavanca que eu havia puxado tão desesperadamente ontem, percebi que não era a trava do capô, e sim o afogador!
Tem mais, também de ontem. Depois de uma nova tentativa de abrir o capô, saí do açougue com o carro acelerado. O dono do açougue veio em meu socorro, mexemos no acelerador de todo jeito, e parecia estar definitivamente enganchado. Ele chegou a ligar para um mecânico, mas eu dispensei - aborrecida, disse que resolveria o problema amanhã. Uns 500 metros adiante, lembrei que tal aceleração acontecera não por causa do trânsito de Saturno por Plutão no horário em que a lua atravessava a órbita errada, mas simplesmente porque eu puxara (novamente ele!) o afogador.
Por último, logo após pegar os meninos na escola percebi que o farol de milha estava aceso. Eu juro por tudo que é sagrado e tudo que é profano: eu não fazia a menor idéia de onde ligava ou desligava essa praga, desde que nunca usei. Mexi em tudo, e só então percebi que o jipe tem pelo menos o dobro de botões de um carro normal. Afe!
Vim para casa desse jeitinho e parei no vizinho, para que ele desse uma olhada. Ele descobriu um botão que fica localizado exatamente na puta que o pariu (perdoe a expressão), logo abaixo de onde o diabo perdeu as botas (desculpe de novo). Um lugar indecente de tão escondido. Bom, pelo menos agora eu sei onde ligar e desligar a porra (mais uma vez, desculpe) do farol de milha que não pretendo usar nunca.
Mas hoje foi tudo certinho. Liguei o carro e ele funcionou. Abri o capô e coloquei água. O farol de milha manteve-se apagado. E, pelo que tudo indica, Saturno saiu da rota plutônica e passou a ter influência lunar de Virgem. E eu nem precisei pagar o mecânico para conseguir tudo isso.
Diz aí: sou um gênio, não?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Negociação


Uma entidade me procurou para que eu fizesse um jornalzinho. Pediu que eu elaborasse um orçamento, deu todas as informações sobre os objetivos do informativo, o que teria que ser feito e o que não poderia. Deu um prazo de uma semana para que eu elaborasse tal orçamento, algo que dispensei e apresentei o valor na mesma hora.
- Como? Tudo isso?
- Que tudo isso? Isso tá mais barato que bolinho de goma na feira do domingo.
- Mas é uma entidade sem fins lucrativos...
- E o senhor ganha descontos de impostos por causa disso. Eu sou petista sim, mas não sou o governo.
- Não tem como fazer um abatimento?
- Não, eu já estou trabalhando com o preço mínimo. Aliás, como sou idiota, trabalho pelo preço mínimo por qualquer jornalzinho extra que pego, se acho fácil de fazer, como é o seu caso.
- Mas você tem que entender que nós trabalhamos para as pessoas pobres...
- Mas recebem das pessoas ricas para fazerem este trabalho.
- Por esse preço não dá.
- Então tudo bem.
- Não dá pra baixar?
- Não.
- Então tá.
- Foi um prazer.
- Não! Peraí, vamos conversar. Calma. Eu sou mineiro, não consigo encerrar um entendimento financeiro sem negociar.
- Ah, desculpe, mas eu não tenho a menor paciência para negociar preço. Eu sou pernambucana e idiota, como já lhe disse, e não negocio preço. Faço o trabalho pelo preço que pedi, nem um centavo a mais, nem um centavo a menos.
- Mas você não pode ser assim. Para a gente se dar bem profissionalmente, tem que apresentar um preço maior do que o mínimo e depois ir abaixando, abaixando, até satisfazer o cliente.
- Obrigada pela aula de comércio, mas tô com 37 anos nas fuças e agora não aprendo mais nada disso. Agora, se me der licença...
- Não, não, calma. Por quanto você faz mesmo o jornalzinho para a gente?
- Por tanto.
- E se não fosse para a gente, por quanto você faria?
- Pelo mesmo tanto, já disse.
- Tá, mas você também disse que esse era o seu preço mínimo. Se você não cobrasse o preço mínimo para mim, quanto cobraria?
- Pelo menos o triplo.
- Ah, agora estamos nos entendendo.
- Hein? Como assim?
- É que agora eu posso negociar com o pessoal da entidade. Eu digo que seu preço é tanto, mas que eu negociei, negociei, e terminou fazendo por tanto. Assim dá para convencer o pessoal.
- Hein? Sério mesmo que você vai fazer isso?
- Claro! A gente quer você faça o nosso jornal. Mas sabe como é, a gente é mineiro, e mineiro não...
- Sei, sei, entendi. Faça o seguinte: você pode dizer o que quiser, mas o meu preço é aquele mesmo que eu já disse desde o início. Vá se reunir com o seu pessoal e depois entre em contato comigo, se for do seu interesse.

O cara entrou em contato comigo na semana seguinte.
- O pessoal concordou com o preço. Mas você divide, né? A primeira parcela para 30 dias e a segunda para 60...

Desliguei o telefone na cara. Chega. Odeio essa mania mineira de negociar preços, de ter que levar vantagem sobre qualquer coisa, de ter que dizer a todo mundo que a sua lábia fez com que ele vencesse uma disputa, seja ela de que tipo for. Isso me cansa. Prefiro perder dinheiro, perder trabalho. Minha paciência não tem preço.
E não adianta vir pechinchar: não tem preço mesmo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Fidel é Phoda



O que será de Cuba sem Fidel? Temo pelo futuro da Ilha.
É muito difícil falar qualquer coisa sobre Fidel. Acho que ele guarda uma aura carismática para mim pelo que conseguiu construir e, mais ainda, pelo tanto que conseguiu resistir à interferência estrangeira em seu país. Como soube administrar bem o que poderia ser – e muitas vezes é – considerado um caos. Como conseguiu tornar o povo cubano um povo ímpar no meio dessa massa mundial globalizada.
Mas Fidel é um ditador, e cometeu diversas barbaridades ao longo dos muitos anos em que foi em Cuba o Pai, o Espírito Santo e o Anjo Decaído. Eu não conseguiria viver em Cuba, num regime ditatorial cheio de limitações impostas. Sou preguiçosa demais para isso, egoísta demais: sou da classe média brasileira.
Cuba me remete imediatamente a um tema: liberdade. Todas as minhas discussões com os ferrenhos críticos do governo de Fidel terminam nesse ponto. Mas que liberdade? Vixe, não vou entrar nesse assunto agora. É coisa para mesa de bar.


No primeiro artigo publicado fora do poder, nesta sexta-feira, Fidel alerta para Bush: vai tirando o cavalinho da chuva porque Cuba não será anexada. (Uau, o homem é demais!) Disse ainda: argentinos saem de seu país e são imigrantes; cubanos deixa Cuba e são exilados. É vero. E olha que máximo:



"Meio século de bloqueio parece pouco aos prediletos. Mudança, mudança, mudança!, gritavam em uníssono. Estou de acordo, mudança!, mas nos Estados Unidos. Cuba mudou e seguirá seu rumo dialético".


Que se fodam os críticos. Fidel é Fidel, e fim de papo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Vingança


Um oco à frente, um vazio, o nada
A mente corroída sem memória
Um corpo sem liberdade
Sem futuro, só,
E nunca se quer ser, ou estar.
O olhar, antes arisco, se apaga:
Já não vê o que lhe importa
Pois que é raro, ímpar,
Uma pérola absorta
A esconder-se até de si.
Nem lágrima corre,
Nem sentimento aflora.
Nada, nada, nada:
Um oco imenso
Sete palmos acima.
Nem sonho há,
Angústia ou temeridade,
Não resta mais vontade
Nem luz, nem som,
Nem si, nem dó.
- "Fui, jamais serei,
Estou e não irei
Vivi e muito amei
Odiei, magoei, enganei.
Tanto caminhei, que cheguei".

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Fora do Serasa


De vez em quando eu pego algum jornal para ler detalhadamente. Nada de passar o olho somente em política. Vejo tudo: da manchete à propaganda de lipoescultura no pé da página. Hoje foi a vez de dissecar o Estado de Minas e parei diante de um título curioso: "Detetive morto por casal em SP".

Uma mulher contratou o tal do detetive para investigar o marido. O detetive sempre dava notícias das traições do marido e pedia mais dinheiro para continuar investigando. A mulher garantia o pagamento em cheque, condicionando o desconto à entrega de provas da traição.

Ponto 1: a mulher só pagaria se houvesse traição, e tinha que ter provas cabais.

Diante dessa condição, o que faz o detetive? Diz que o marido trai. Bom, essa perrenga continua até que a mulher descobre que o detetive está mentindo, e que o seu marido não a trai de jeito nenhum.

Ponto 2: Por quê a mulher não entra na profissão? Parece ter jeito para a coisa.

O detetive diz que o marido estará no motel tal com fulana tal dia e tal hora. Na ocasião, o santo estava jantando com a própria esposa dentro da casa do casal. Cai a máscara do detetive.

Ponto 3: Ô, mas o detetive deu azar, hein? Ou o marido passou a perna nos dois?

Marido e mulher se entendem e marcam um encontro com o detetive para resgatar o cheque - afinal, sem traição, sem pagamento.

Ponto 4: Contrato espertinho esse, não? Tem mais, vamos lá.

O pai do marido e um amigo se juntam ao casal no encontro, que acontece num shopping, tudo filmadinho da silva. Depois sai todo mundo junto e por fim o detetive aparece morto, dois dias depois.

Ponto 5: E o cheque?

O casal confessa o assassinato, mas o jornal não detalha como aconteceu. "Eu só queria resgatar meu cheque, limpar o meu nome", diz, com todas as letras, a esposa contratante. Limpar o nome? O jornal não diz se recuperaram o cheque ou se o detetive já tinha descontado. Pelo sim, pelo não, o casal deu sumiço na vida do detetive, no corpo do detetive (encontrado num matagal, escondido) e no carro do detetive.

Ponto 6: Se a traição valia um cheque, um assassinato vale um carro. Muito justo.

Ponto 7: A mulher só queria limpar o nome. É. Se depender desse cheque, ela tá fora do Serasa mesmo. Já na ficha criminal...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Espera


(Para os meus amigos Dimas e Lenira)


Mal vejo a hora de ouvir teu primeiro sinal nesse mundo
A tua resposta à agonia da incompreensão
Dos toques estranhos, do tato,
Da liberdade súbita do corpo
Do arrancar violento do ninho que te protegeu por nove meses
Resposta à luz, aos sons, à vida.
Conto os dias que faltam para que te possa ninar
Te levar no colo, te acalmar as dores,
Admirar teu primeiro sorriso
Reconhecer os sinais de tua fome
Reconhecer o eu que há em ti
E o quanto da pessoa amada tu herdastes.
Vou te olhar até cansar, e nunca cansarei.
Pelo teu rosto, teu porte,
Irei imaginar mil e um futuros
E em todos serás saudável, feliz, apaixonante
Pois é isto que desejo para ti,
Em gratidão por seres filho meu.
Te amarei sempre, sempre,
Com tal intensidade e dedicação
Que jamais terás razão em duvidar deste amor.
Mal vejo a hora de olhar teu corpinho miúdo
Te pegar no colo e anunciar ao mundo:
"Eis a razão de minha vida: meu filho".

____________________

(Alteração para Dimas:
Mal vejo a hora de olhar teu corpinho miúdo
Vestir tua primeira camisa do Santa
E anunciar no Arruda: "Eis, é tricolor!")

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Adiante...


Os pés descalços não se importam com as queimaduras do asfalto quente.

O ser faminto se esquece da dor no estômago.

A falta de tudo não quer dizer nada.

Ele prossegue. Tem fé.

Em casa, nada para comer e seis crianças para alimentar.

Uma mulher raquítica de tantos outros abortos.

Um choro incessante que mistura o sal da lágrima ao do catarro.

Ele prossegue, cultiva a fé.

Sem trabalho, restou a lembrança das humilhações.

"Sai, safado". "Trabalha, vagabundo". "Seu vadio".

O dinheiro nem dava para viver nem para morrer.

Ele prosseguiu, um dia ia melhorar.

No dia em que foi escorraçado do trabalho e da casa, chorou.

Um ano depois, e tudo só piorou.

Caminha agora pagando adiantado a promessa a sua santa.

Os calos doem, a vida dói. A fé salva.



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ex-foliã?


Recife para mim é assim: não me imagino morando nela novamente, ao mesmo tempo em que não posso vê-la ou saber de notícias suas sem que dê vontade de chorar de saudade. Principalmente no carnaval. Esse é o período em que tenho mais orgulho de ter nascido nesse estado cuja criatividade começa no nome e termina sabe-se lá onde.

Nasci em Recife, fui morar em Olinda aos 9 anos e lá passei toda minha adolescência, de modo que me considero "recilindense" ou simplesmente pernambucana - contando que ao menos um mês por ano eu ficava na sertaneja cidade de Serra Talhada. Na época de minha adolescência, o carnaval se resumia ("se resumia" é modo de falar) a Olinda, suas ladeiras, os quatro cantos, a Sé, o pau do índio (bebida, tá?), lança-perfume, o Mercado da Ribeira...

Enquanto tinha familiares morando no Sítio Histórico, amava ficar na varanda da casa perturbando com todo mundo que passava na rua (e oferecendo ajuda também, dando banhos de mangueira naquele calor desgraçado). Saía de casa e já estava no meio do carnaval olindense. Andava, bebia, pulava, zoava um bocado e voltava para casa. E saía e andava e bebia e... o carnaval inteiro.

Depois que meus familiares descobriram que ganhava bem mais dinheiro alugando a casa no carnaval, aí a acabou minha mamata. E começou outra! Nessa época eu já trabalhava, já tinha minha própria grana, e comecei a alugar casas no carnaval com amigos, e a farra, que já era muito boa, ficou muito melhor ainda.

Brinquei muitos carnavais e com intensidade. Até que a violência chegou muito próxima de mim nas ladeiras de Olinda. Então botei o violão no saco, enrolei o colchonete e aposentei-me da Velha Cidade. Recife já começava a atrair jovens também e eu fui na onda. Marco Zero virou o meu Mercado da Ribeira. Recife Antigo virou meu Sítio Histórico. Recife passou a ser meu carnaval.

Acabo de completar 37 anos. Há quatro não brinco carnaval. Há quatro anos estou longe de Recife e Olinda no período momesco. Nesse ano, no entanto, foi diferente. Eu não estava em minha terra, mas pude assistir a um bom pedaço do carnaval pernambucano através da transmissão ao vivo da Band. Não gosto da programação corriqueira da Band, e acho que a transmissão teve muitas falhas. No entanto, foi o único canal a transmitir tudo de Recife e Olinda (e também de Salvador); foi o canal que me ligou à terra do frevo e do maracatus e do caboclinho... E me deixou roendo de saudade.

Prometi que no próximo ano irei me revezar entre as ladeiras olindenses e os diversos palcos recifenses. Caso não cumpra a promessa, certamente no próximo ano estarei aqui, lamentando de novo a saudade do carnaval, de Recife, de Olinda, e da foliã que fui.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Caos na Comunicação


O pessoal que frequenta o blog, os amigos com quem me correspondo rotineiramente, os amigos do msn, têm estranhado o meu sumiço da vida virtual. Calma, estou viva, bem, e ainda não virei escrava sacramentada - se bem que, ao passo em que vou, um dia chego lá. Não estou sendo maltratada nem submetida a torturas. Não sou uma das BBBBBBBostas, não estou confinada em casa alguma. Não caí na folia e só reapareço na quarta-feira de cinzas. Não, nada disso.

A culpa do meu isolamento é da Claro, claro. Sempre ela.

Desde o dia 20 de janeiro, não há menor sinal da operadora Claro no sítio e redondezas. Sem telefonia - a Claro é a única operadora que atende à zona rural desta região -, sem internet. Caos na comunicação! Isolamento, bloqueio em pleno Século XXI! Lost!

Fico pensando se não estamos sendo testados. Vai ver os cientistas querem descobrir qual a reação dos humanos a um regresso ao passado em que telefone era coisa de gente rica e internet era pura ficção científica. Devem ter implantado algum chip esquisito na cabeça da minha família, foi isso. Obedecendo cegamente às ordens do chip, nos mudamos para o interior de Minas e nos instalamos numa cidadezinha em que não há cinema, shopping, praia (dãããã), cuja maior atração é uma feira livre e produtos piratas. Chipados (e chapados também, por quê não?), achamos tudo muito bom.

Passada a primeira etapa do teste, vem a segunda: a falta de comunicação total. Querem ver como reagimos, e devem ter dado boas gargalhadas das minhas inúteis tentativas de solucionar o problema via secretina eletrônica e até mesmo via Anatel. Resposta-padrão da empresa: "Dona Ana, sentimos muito mas não há registro de qualquer problema na área. Vamos checar se seu aparelho está com defeito?". Tá, tá com defeito. Ele e todos os aparelhos da região. Será este o efeito em aparelhos eletrônicos de um tal surto de febre amarela do qual a Globo noticia todos os dias? Eu, hein.

E o próximo passo? Alguém aí arrisca algum palpite? Qual a próxima prova a que a família ".nog" será submetida? Por favor, preparem meu espírito.

Ah, essa Claro...