Vivi minha vida toda fazendo o que achava certo
E vasculhando o que achava errado, com muito gosto.
De tanto fuçar, encontrei o certo no errado,
O erro no pensar com os outros,
Nuances adoráveis entre o belo e o feio,
O certo e o errado, o sim e o não, talvez.
Entre um lado e outro da ponte, vivo em desequilíbrio
Daqui pra lá, de lá pra cá, sempre em risco de queda
Ou de temido aprumo.
E cada dia mais adoro a aventura
A incerteza do próximo passo
A ansiedade pelas consequências
A boa expectativa do meio
Na maravilha de não se conhecer o fim
- Se é que há fim.
5 comentários:
Como é que alguém tem a capacidade de se descrever tão lindamente desse jeito? Poesia em estado vivo!
Adoro o seu padrão não-padrão!!
E quanto ao post anterior, eu acho que vou me mudar para a Holanda, lá podemos todos fumar à vontade e ninguém se importa com uma fumacinha cheirosa, né?
Beijos e saudadessssss!
Fim de quê? Vai ver que o fim de uma coisa é o começo de outra.
E vivemos assim entre o fim e o começo e nem sabemos...
Beijo.
Magna
Mana,
Eu só queria escrever como você diz que eu escrevo. Já bastava... hehehe.
Holanda? Não me agrada a ideia. Lá se pode fumar o que se quiser, mas só se fuma. Para beber, tem que ir para um bar.
Por aqui a coisa é ilegal, mas ainda assim é mais democrática - se é que vc me entende...
Magna,
Eu acredito piamente que o fim é sempre o começo de algo - bom ou ruim, evitável ou não.
Uns acham que nascer é uma benção, outros creem que benção mesmo é a morte. Pra mim, tanto faz quem tem razão: a única coisa que me interessa é esse meio.
Com medo da queda, sempre.
E com medo da adequação também. Sempre.
O caminho não é a partida nem a chegada, mas a travessia.
ps: Estava precisando passar por aqui há tempos...
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