Costuro o manto da alegria
Ciente que a linha da vida
Uma vez se acaba
- Uma vez só...
E que o tecido escolhido
Sempre poderia ser melhor
Ou pior.
Costuro meu manto colorido
Com afinco mas sem pressa:
Alegria demais se acaba
- Ou descostura.
Embora sempre inacabado
É este o manto que já me cobre,
É este o manto que me sustenta.
Costuro o manto imenso
Mesmo sabendo que o arremate
Me será sempre negado
- Eu, mortal.
Ciente que a linha da vida
Uma vez se acaba
- Uma vez só...
E que o tecido escolhido
Sempre poderia ser melhor
Ou pior.
Costuro meu manto colorido
Com afinco mas sem pressa:
Alegria demais se acaba
- Ou descostura.
Embora sempre inacabado
É este o manto que já me cobre,
É este o manto que me sustenta.
Costuro o manto imenso
Mesmo sabendo que o arremate
Me será sempre negado
- Eu, mortal.
Um comentário:
Putz! Achei esse poema um dos melhores dos teus! É o tema das Mil e Uma Noites: acabou a tessitura, acabou-se a vida. Só que Sherezad teve a possibilidade de "esticar" seu trabalho até quando quis... diferente o que ocorre conosco.
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