quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Adaptação


Não entendo esses homens

Que estando tristes sorriem

E insatisfeitos se acomodam

Como se a vida assim exigisse

Como se não fosse opção

Como adestrados que são.

Não entendo essas pessoas

Que adoram o castigador

E mesmo em meio à dor

Oram dando graças

Quem sabe por suas desgraças

Com as quais as abençoou.

Não entendo essas mulheres

Escravas da perfeição

Que julgam não ser quem são

Poderosas por natureza

Sonham com a submissão

De título cartorário e pensão.

Não entendo nem a mim

Ora homem, ora pessoa

Ora mulher, ora eu mesma

Que nem sei o que vim fazer

Nesse mundo deslumbrado

Da poderosa São Paulo...

Eu vivo na Liberdade.

4 comentários:

Canto da Boca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Canto da Boca disse...

"Eita porra, botou pra foder", faço minhas as palavras do meu amigo Ígor, que diante de um esporro (que nem esse), diria exatamente o que costuma dizer quando alguém é pego de calças curtas. Esse seu puxão de orelhas é bem oportuno, afinal, nada é imutável, vamos é mesmo cuidar da vida e da felicidade, já que tudo é transitório. A liberdade não, essa deveria ser permanente, e o respeito também! Condições que poucos usufruem, infelizmente.
Textão, mAna!

Beijinhos para ti...

A Autora disse...

Gostei mais da sua interpretação do texto do que do texto, mana... Um esporro cordelizado, digamos assim.
Valeu a visita! Beijão!

Magna Santos disse...

Ana, muito muito bom! As palavras estão articuladas de um jeito que visualizamos a expressão de quem as diz. Tem ritmo e sentimento.
Beijos.
Magna