Reencontrei minha esperança numa encruzilhada
Bem no meio do transtorno de duas avenidas
De braços dados com o sorriso e sendo puxada pelo prantoImune à realidade, como quase sempre.
Tinha na mente o futuroE arrastava o passado nos pés inchados, maltratados, imundos.
Os olhos buscavam o movimento à procura de quietudeContrariando sua natureza arisca e imprudente.
O próprio corpo se rebelava, desejando o verso,Como se não pudesse unir antes o que era e o que devia ser
Numa única existência, ainda mais curta que a minha e a sua.E tudo isso parado, em pé, numa encruzilhada qualquer.
À direita, viu a decepção gingando com bossa, se aproximando;Do outro lado, a coragem chegava.
Entre uma e outra, nenhuma:Tomou impulso e correu pra frente. Foi.
Entre o desespero e a coragem, nada.
Entre ser e não mais ser, a desistência.
Toda a minha esperança esmagada
Ali, naquela qualquer encruzilhada.
Entre o desespero e a coragem, nada.
Entre ser e não mais ser, a desistência.
Toda a minha esperança esmagada
Ali, naquela qualquer encruzilhada.
2 comentários:
Algo assim sartreano... E por falar em Sartre vim te dizer que vou dar um pulo à terra dele. Estou indo agora à Paris, mana e volto na sexta e nos falamos e conto o que senti...
Te amo muito!
Mil beijos.
Essa aí de cima é minha mana. Chique no úrrrrtimo!
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