segunda-feira, 1 de junho de 2009

Gélido



Hoje está frio, escuro, cru.
O fim ronda os cantos
Lembrando das inutilidades
Que atormentam
E os verdadeiros valores
Que renegamos em nome do nada
Que pensamos ser o tudo
Até que chega o fim.
E a gente morre
Frios, roxos, gelados.
Crus. Não-vivos.
Belos, e não-vivos.
Insensíveis e sós,
Nós. Todos nós.
Juntos e sós.
Hoje ou amanhã,
O fim ronda os cantos
E nos alcança.
A gente aguarda, só.
E sós.
Hoje está muito frio.

3 comentários:

Anônimo disse...

O gelo acompanha as perdas, não percebeu? Eu percebi, quando você sumiu.
Saudade.
Você sabe quem.

Josias de Paula Jr. disse...

E a poeta voltou com tudo!

Canto da Boca disse...

O melhor da vida, apesar do seu contrário, é que ela passa, e nada permanece igual. Gélido, o poema, mas sempre cheio de reflexão.
Um beijão!