O problema não é o carnaval em si, mas sua condição sine qua non: estou proibida de beber. Imagine a cena estapafúrdia: eu na Sé, na barraca do índio, pedindo um suco de laranja sem gelo? Não dá.
É isso, amigos. A pura verdade. A terrível verdade. Nada de álcool por um bom tempo. Nem álcool nem bebida gasosa. E nem cafeína também. Resquício da megafarra do aniversário: refluxo gástrico é o nome do bicho de sete cabeças.
Se fosse o refluxo por si só, dane-se. A merda é que não estou conseguindo dormir uma noite inteira desde que completei 38 anos. Laringe, faringe, esôfago, tudo transformado num único ducto de fogo. Acordar sufocada no meio da noite, amanhecer rouca. O inferno em vida - e olha que sou atéia.
Nada de álcool. Ou quase nada, que ninguém é de ferro e minha determinação no cumprimento de medidas drásticas adotadas por médicos não é lá grande coisa. Diminuí bastante o consumo. Em quatro dias no Rio de Janeiro, só consumi uma garrafa de cerveja (e tava quente, a miserável!) no sábado à noite e mais duas long neck (geladas, ufa!) no almoço do domingo. Segunda e terça, nada de álcool ou coca (-cola). Ontem à noite eu até tentei evitar, mas a ocasião não permitiu frescuras: TIVE que festejar o novo emprego da minha prima. Só três garrafas e, infelizmente, sozinha, já que o restante do grupo preferiu drinks. A vida é dura, camaradas.
De modo que é isso: fazendo das tripas coração e do ormeprazol minha salvação, não vou brincar carnaval neste ano e vou continuar neste esforço inumano contra álcool, coca (-cola), café. Se na quinta-feira pós-carnaval eu não der sinal de vida, é porque eu consegui cumprir todas as recomendações médicas.
Mas acho improvável. Absolutamente improvável.
Em 2010 eu me vingo.
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