Seja eu uma criança
Divertida, alegre,
Inconseqüente.
Sejam meus anseios
Simples, fáceis,
E plenamente realizáveis.
Seja minha vida
Estimulada pelos desafios,
Pelas lembranças,
Pela esperança, pelo futuro.
Sejam meus amores
Amados, sempre,
Leves, soltos, libertos,
E felizes por opção.
Seja minha liberdade
A minha canção maior,
O meu sentido,
A minha busca eterna.
Seja minha consciência
Dotada de ética,
De lisura, discernimento,
E tranqüila pelos atos.
Seja minha curiosidade
Um poço infindo,
Um poço de prazeres,
Uma fonte inesgotável.
Seja minha força
Suficiente para o necessário,
Insuficiente para causar danos
E que para sempre me acompanhe.
Seja a minha fé
Dirigida tão somente ao homem,
Às razões da natureza,
E à capacidade que há em nós.
Sejam minhas palavras,
Com ou sem nexo,
Capazes de expressar o que sinto
E convincentes na mentira inevitável.
Seja o meu prazer
Algo eternamente sagrado
Para o qual eu me dedique
Como forma de venerar-me.
Seja, por fim, minha coragem
Algo de que me orgulhe,
Algo em que confie
Para ser o que sou, e o que eu queira vir a ser.
(Copiado do antigo blog, escrito em junho de 2005, mas ainda no prazo de validade)
3 comentários:
Amém! E que todos se amem também.
;)
Só posso dizer disso tudo que suas palavras são capazes de expressar, sim, o que você sente. Mesmo que na medida "convincente" das mentiras que sempre envolvem a linguagem...
Belíssimo poema, Cláudia.
Palavras convicentes e capazes de mudar o mundo.
E que o amor seja infinito enquanto dure.
Dimas
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