quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Definitivo


Há tempo não vejo a imagem de meus meninos
Nem consigo me balançar na rede da varanda
Muito menos sonhar de olhos abertos
Ou sentir o perfume dela.
Há tempo deixei de sorrir francamente
De olhar para os lados quando caminho
De observar rostos, rugas, peitos
De ser sincero comigo mesmo.
Há tempo minha vida segue sem rumo
Sem mapa, sem motivo, sem mar
E toda terra que avista é um porto
No qual não quero ou não posso atracar.
Há tempo eu lamento em vão
Em segredo, com vergonha, vencido
Atrás de culpas, culpados, perdões e perdas
Dando voltas e voltas em torno de mim mesmo.
Há tempo não tenho sossego
Não tenho razão para seguir ou ficar.
Há anos que me assombro com
Minha própria solidão.
Há tempo não me iludo com felicidade
Nem peno com o sofrimento de ninguém
Há anos desisti de sonhar
E adio o adeus enfim assumido.

4 comentários:

Canto da Boca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Canto da Boca disse...

Esse adeus nao assumido é de quem pra quem?
(prometo, cuando cerar las tareas y actividades de la universidad, que yo escrebo un coreo, donde yo lo apunto todas las cosas que se pasan por aqui, así como también yo responderé todas las encuestas que quera, pero, ahora solo tieno tiempo de estudiar y fugir un rato para leer algunos blogas que me gustan mucho).

A Autora disse...

Mana, é de um desesperançado para a vida. Calma, pode ficar certa que esse não é auto-biográfico!!! Puro exercíco de imaginação! rs.
Sodade de tu! Falei com teu maridão hoje!

vestivermelho disse...

nossa, coloquei para entrar no meu blog...vi tantas coisas de vestivermelho... vi seu blog...rsrs
vim dar uma espiadinha...gostei
abraços

vestivermelho