
Despertei atormentada pela hora
Prevendo e receando um atraso
A perda da oportunidade última
A sorte a olhar para trás, dando adeus...
Corri à tua procura
Quarto, sala, banheiro, nada
Não te encontro, e agora?
Terraço? Nada; Calçada? Nada
Foi-se. Não há tempo, acabou.
Corri como louca pela estrada
Senti-me presa a um motor
Que naquele instante não havia
Uma carona? Uma ajuda? Nada
Resta apenas o lamento.
Você foi embora.
Não me esperou.
Como poderia?
Não sabia de minha intenção
Não sabia de minha necessidade
E eu precisava falar-lhe
Eu precisava pedir um favor
Mas agora é tarde, você se foi.
Dobro o papel em minhas mãos
Guardo-o no bolso, com pesar
A sensação da sorte a escapar-me...
Quem sabe no próximo sorteio?
Quem sabe não acumula?
Uma aposta perdida...
Não é dessa vez que fico rica.
(Inspirado no desespero real de minha mãe, ao acordar tarde e descobrir que tinha perdido a carona para ir à cidade, onde pretendia apostar na megasena)
5 comentários:
Oi Aninha, que bom que gostou do "mentiras". Claro que pode adicioná-lo como seus preferidos. Pra mim isso é só alegria, nem precisava perguntar. Um beijo, claudia.
Oi Ana,
Prazer en conhecê-la!
Sou a Gi do entretrintas. Vc gostou da oração da boa filha mesmo? Eu inventeio num dia de desespero e deu super certo! rsrsrsrs Fique à vontade para reproduzi-la, tá?
Bjo!
Gi :)
Tomara que não acerte um número! Já pensou acertar todos e não ter jogado? Eu morreria de desgosto!
bjs,
estou com a Andréia (Sig MUndi) e não abro!!
Imagina só!! Acertar e não poder levar!!!
Beijos e boa semana!!
Cláudia,
Dona Renê anda dando boas inspirações. E se pra você ajudou a construir esse belo poema, para mim deu uma pontinha de vontade de jogar na megasena. Mas fico pensando se quero mesmo ver meu dinheiro indo embora tão facilmente.
Jogo, não jogo, eis a questão!
Dimas
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