quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Amigos


Foi tão pouco, único, rápido,
Mal passou de brincadeira:
Coisa de crianças
De imaginação sobejada
E indolência maior ainda.
Coisa de impulso, leve, diáfana
Nem maior nem menor que o ato
Ou o riso que o seguiu,
Com olhos já quase fechados
E corpo deslumbrado com a maciez do arrimo.
Algo inconsequente,
Tranquilo, satisfatório.
E só.
É só disso que estamos falando:
Simplicidade, gosto, prazer.

Se eu soubesse que a amizade estava em jogo,
Não teria deitado na cama.

Um comentário:

Canto da Boca disse...

Mana, estou em Jacarta, daqui a pouco volto pra Olinda e a seguir Europa, em casa te leio com a atenção que mereces.
Mas de antemão aviso: a sua póetica é tão extraordinária quanto a sua prosa.
Meus beijos.
;)