Na inocência do silêncio
Mora o medo da razão
Que se cala, prudente,
E aguenta mais um açoite
Mentindo a si mesma com subterfúgios
Que desculpam o crime
Mas não o explicam
(E como poderiam?)
Retraçam as linhas do tear
Dão voltas em torno do mundo
Vão e vêm, vão e vêm
Sem que cheguem a lugar algum
Os tais subterfúgios
Que nossa razão contaminada nos oferece,
Tatuada de apelos cristãos,
Para que possamos aguentar e perdoar os açoites
Que simplesmente não têm explicação
Nem razão de ser.
Resta o silêncio...
...E o medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário