segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Antes que me esqueça...


Não aguento mais ser chamada de intransigente. Não sou! Impaciente sim, talvez. Intransigente não.
Eu vejo uma coisa errada e, se isso me incomodar (viu? Não quero consertar o mundo, só o que está ao meu redor), comento com delicadeza e/ou humor que a coisa poderia ser assim ou assado. Se continua errado, sou irônica no comentário. Da terceira vez, despacho. Resolvo. Se eu puder sair, eu saio; se puder quebrar, eu quebro; se puder terminar, termino. E priu.
Intransigência? Não. Eu só não admito algo que me incomode. Se um amigo meu quiser usar cueca vermelha de bolinha branca, eu vou achar que não tenho nada com isso, já que gosto é de cada um, o problema (se é que existe problema!) é dele. Mas se ele acha engraçadinho conversar comigo me beliscando o braço, ah, não. Aí não. Eu não gosto de beliscão, e daí? Se eu não admitir ser beliscada significa que sou intransigente?
No trabalho também é assim. Detesto ficar reclamando das mesmas coisas. Se algo está errado, quero consertar o mais rápido possível. Se o erro prejudica o meu trabalho, vou brigar com deus e o mundo para que seja consertado. E se eu tiver que brigar umas cinco vezes pela mesma coisa, aí chuto o balde e vou embora. Instransigente é a mãe. Só não sou submissa, resignada.
Nas relações, a mesma coisa. O namorado gagueja, e daí? O cabelo tá mal cortado, e daí? Bebe, e daí? Dá vexame toda vez que bebe... aí eu entro. Aí sou eu quem tá de lado. Hum hum, isso não. Nem a pau, juvenal. Nem fudendo, literalmente. Fez a primeira, toma esporro (obviamente, quando se curar da bebedeira). Fez a segunda, dane-se. Se eu estiver muito apaixonadinha, o cabra ainda pode fazer uma terceira, mas aí eu não me responsabilizo pela integridade física do sujeito. E a quarta vez ele não faz. Ao meu lado, não.
Eu tenho duas medidas de avaliação: a conta de três e o tempo determinado. Se alguém me sacaneia três vezes, é que eu sou mesmo uma otária. Se eu não corrijo algo que me incomoda em tantos dias ou meses, eu jogo fora, descarto, findo.
Tudo isso para explicar (aos poucos que estão sabendo das novidades) o que é essa minha facilidade de mandar patrão à merda. Juro: não é intransigência. É inconformismo. Mas, de qualquer forma, se quiser continuar me julgando intransigente, problema seu.
E antes que eu me esqueça... vá!

Um comentário:

Canto da Boca disse...

E se ele gostar?
Vou embora e nada dela.
;)