
Sombria noite
da lua nova
escondes algo
que a mim devora
Tão reticente
me absolves
de pecados outros
cometidos outrora.
Noite sombria,
a que vens?
perturbar minh´alma
é o que convém?
Acende esta lua,
ilumina o mundo.
Meu passado foi,
Meus pecados são.
Não interfiras, sombria,
em meu renascer
foges, por caridade,
deixa-me fingir.
Devassa noite,
que me castiga:
o meu tormento
tu instigas.
Em busca de um sonho
vaguei pela vida
larguei amores
causei feridas.
Desavenças e ódios
semeei no caminho
ao invés do sonho,
colhi espinhos.
Nada me restou
a não ser a ti, sombria,
para lembrar os desencantos
de uma vida vazia.
(novembro/2004)
5 comentários:
Apesar da bruma, ontem, aqui em Tarragona, a lua tava linda....
Como as inquietaçoes que tem permeiam a alma, as respostas estao juntas também.
"a doença traz a dor e a cura", já preconiza o mestre José Miguel Wisnik..
Beijos, maninha.
Estamos on line, maninha...
Estou na universidade, vai ter uma videoconferencia daqui a pouco...
Hum, comentários de amigos e amigas sao suspeitos.
Beijos, depois mando outro site.
Lindo. Muito musical!
Cláudia,
Passei uns dias sem tempo para acessar os blogs, por causa do trabalho.
Quando vim aqui, percebo o quanto perdi. Vou tentar tirar o atraso, pois há muita coisa boa para ser lida.
Aliás, o poema é belíssimo e, como diz Josias, bastante musical.
Beijão,
Dimas Lins
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