segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ao fim de tudo




Sombria noite
da lua nova
escondes algo
que a mim devora
Tão reticente
me absolves
de pecados outros
cometidos outrora.
Noite sombria,
a que vens?
perturbar minh´alma
é o que convém?
Acende esta lua,
ilumina o mundo.
Meu passado foi,
Meus pecados são.
Não interfiras, sombria,
em meu renascer
foges, por caridade,
deixa-me fingir.
Devassa noite,
que me castiga:
o meu tormento
tu instigas.
Em busca de um sonho
vaguei pela vida
larguei amores
causei feridas.
Desavenças e ódios
semeei no caminho
ao invés do sonho,
colhi espinhos.
Nada me restou
a não ser a ti, sombria,
para lembrar os desencantos
de uma vida vazia.

(novembro/2004)

5 comentários:

Canto da Boca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Canto da Boca disse...

Apesar da bruma, ontem, aqui em Tarragona, a lua tava linda....
Como as inquietaçoes que tem permeiam a alma, as respostas estao juntas também.
"a doença traz a dor e a cura", já preconiza o mestre José Miguel Wisnik..
Beijos, maninha.

Canto da Boca disse...

Estamos on line, maninha...
Estou na universidade, vai ter uma videoconferencia daqui a pouco...
Hum, comentários de amigos e amigas sao suspeitos.
Beijos, depois mando outro site.

Josias de Paula Jr. disse...

Lindo. Muito musical!

Anônimo disse...

Cláudia,

Passei uns dias sem tempo para acessar os blogs, por causa do trabalho.

Quando vim aqui, percebo o quanto perdi. Vou tentar tirar o atraso, pois há muita coisa boa para ser lida.

Aliás, o poema é belíssimo e, como diz Josias, bastante musical.

Beijão,

Dimas Lins