Onde foi parar a imaginação?
Nas reuniões sem fim e sem fundamento
Nos textos feitos sob encomenda
Nas discussões de tema diário
Nos sempre mesmos argumentos, prós e contras
No vazio do roteiro
Na elaboração do planejamento
Na eterna falta de execução
Nas adaptações impostas e prejudiciais
Na prioridade invertida
No contexto único
Na ordem acatada
Na lógica vencida
Nos mesmos problemas
Na falta de soluções
Na rotina
No (do) trabalho.
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Ando muito irritada. E preocupada.
O mau humor está cada vez mais recorrente.
Será que vou ficar uma velha careta e ranzinza?
Ô praga.
2 comentários:
Taí um risco que você não corre que é ficar careta e ranzinza. Acho mais fácil eu que sempre fui careta e corro sérios riscos de ficar ranzinza.
O poema faz uma abordagem interessante que, ao meu ver, é direcionada a sua área profissional, mas cabe direitinho na cota de muita gente. Na minha, por exemplo.
E se o trabalho não me deixa sem assunto, pelo menos me cansa mais do que deveria.
Dimas
Ao perscrutar os segundos
da vida que lhe escorria,
julgou que seu dia-a-dia
era uma soma de escombros:
cacos de rotina fria
pesando sobre seus ombros.
Um beijo.
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